Alguns dias atrás fizemos uma sessão de cinema em casa e entre outros vimos - eu e minha linda companhia - Um Hino ao Amor , filme biográfico de Edith Piaf . A história de Piaf é emocionante , chorei ... Não é lançamento, mas é muito bom , e para quem não viu na telona na época em que foi lançado , como eu , é uma boa dica de cinema em casa .
Veja a crítica da Marina Lourenço Alves , publicada no Cinema Net ...
"Se existe um gênero dentro do cinema que é capaz de despertar sensações controversas de amor e ódio tanto quanto as adaptações literárias, esse gênero é a biografia. Existem diversos tipos de abordagem de roteiro, direção e fotografia e com certeza, num canto escuro de algum cinema, sempre haverá um fã decepcionado com a narrativa do filme. Esse poderia ser o meu caso e o de muitos outros fãs da – ouso dizer – maior cantora francesa de todos os tempos no filme “Piaf – Um Hino ao Amor” (no título original, La Môme).
Torna-se difícil, portanto, não mencionar grandes momentos de Piaf que foram negligenciados no decorrer do filme. Sua relação com sua filha e seu último marido foram superficialmente exploradas, bem como sua dependência de morfina e a amizade com grandes nomes da literatura, música e cinema (em certo momento, enquanto se apresenta nos Estados Unidos, vemos uma irreconhecível Marlene Dietrich se aproximar e tecer elogios à cantora; Jean Cocteau é mencionado mas jamais aparece; Yves Montand é esquecido e Charles Aznavour merecia uma maior participação), no entanto, nada disso tira os méritos e o encanto da película.
O grande triunfo do diretor Olivier Dahan fica nas mãos da atuação magistral e “mediúnica” de Marion Cotillard e da equipe de direção de arte e maquiagem. A jovem de 32 anos não havia feito nada muito promissor até agarrar o roteiro de Dahan e encarnar “la môme piaf”, ou “o pequeno pardal” como Edith era chamada no início de sua carreira devido a sua estatura de apenas 1,42 cm. Edith Giovanna Gassion, apesar de pequenina, tinha um potencial vocal gigantesco. A grandeza de sua voz foi proporcional as tragédias que aconteceram em sua vida que desde criança sofreu com a ausência dos pais e a cegueira temporária, além da condição financeira lamentável e de outras doenças que debilitaram sua saúde. Seus muitos amantes jamais supriram a perda de seu grande amor Marcel Cerdan, morto num acidente de avião e seus muitos acidentes automobilísticos ajudaram a piorar a condição de sua saúde. Mesmo assim, Edith Piaf encontrava forças para escrever as mais belas canções de amor e parecia viver para se apresentar em palcos diante de multidões que aplaudiam suas interpretações passionais maravilhadas (... ) "
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Cena memorável do filme Um Hino ao Amor, com Marion Coutillard
Non, je ne regrette rien
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Agora a verdadeira Edith Piaf cantando Hynme a l'amour( Um Hino ao Amor)
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